Gestão Escolar

4 lições de Cingapura sobre gestão escolar

janeiro 21, 2021 4 min read

4 lições de Cingapura sobre gestão escolar

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Educação. Muito possivelmente você já ouviu (várias vezes) que é só com ela que pode melhorar o mundo. Parece coletiva a certeza de que na educação existe uma chance de desenvolvimento social e crescimento moral. Afinal de contas, todo mundo acredita que uma gestão escolar eficaz pode fazer diferença na vida de crianças, adolescentes e jovens – e também na vida de todos nós.

No Brasil já avançamos muito na educação – mas ainda há muito o que conquistar. Recentemente, entre 70 nações avaliadas, o Brasil marcou a 63a posição em ranking que avalia diversos quesitos educacionais. Estarmos tão longe das principais posições revela que há muitos desafios a serem enfrentados e barreiras a serem superadas.

Para vislumbrar crescimento podemos olhar para quem tem alcançado grandes resultados. Cingapura é um país asiático com população de quase seis milhões de habitantes (semelhante a de Santa Catarina). Entre diversos avanços que Cingapura vem alcançando, a educação certamente é um principal. Só pra se ter uma ideia, no mesmo ranking em que o Brasil está na posição 63, Cingapura ocupa o primeiro lugar. Para entender mais sobre como Cingapura chegou ao nível de educação tão exemplar, trouxemos 4 dicas de práticas educativas que podem fazer diferença na realidade de sua escola e comunidade local. Confira!

Gestão escolar em Cingapura: veja 4 dicas

1. “Como fazer” é mais importante do que o resultado

O ranking liderado por Cingapura (o Pisa, Programa de Avaliação Internacional de Alunos) considera três pontos principais: leitura, ciências e matemática. Esta última, considerada por muitos a mais desesperadora das cadeiras de aprendizado, é uma das disciplinas em que Cingapura é destaque.

No pequeno país asiático usa-se o método conhecido como Domínio da Matemática – método que vem sendo adotado em outros países na Ásia e na Europa e que ensina o aluno não apenas a solucionar questões e responder perguntas, mas sim a encontrar formas de conduzir o problema. A regra básica é que não basta os alunos entenderem como o professor pode resolver a conta, elas precisam aprender como fazer todo o processo para quando chegar a vez de fazerem sozinhas.

Esta lógica de ensino matemático é um resumo de que na educação de Cingapura importa mais que o estudante encontre modos de aprendizado e solução do que simplesmente entregar uma conta resolvida ou uma prova feita.

2. Incentivo aos professores, à especialização e à gestão

Em Cingapura ser professor é ter uma profissão “de status”, respeitada e desejada. Tudo isso porque o incentivo ao profissional da docência vai muito além do financeiro (este também existe). Além de pagar bem os professores, é grande o incentivo para que professores se especializem – e existe concorrência para que se tornem mestres, seja no ramo da pesquisa em Pedagogia ou como especialistas em sala de aula.

Fora da sala de aula o professor continua sendo incentivado para cumprir funções de direção. Em Cingapura diretores de escola trocam de instituição após um período que varia entre seis e oito anos. Isso porque o caráter colaborativo faz parte do sistema educacional como um todo – começando com um mentor que acompanha novos diretores e indo até a troca de escola para novas experiências.

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Um professor incentivado incontestavelmente rende mais. Esta dica, porém, não é uma dica de lamentação, já que teoricamente depende do poder público. Na verdade, o incentivo começa na gestão escolar, oferecendo tudo que estiver ao alcance da escola para que o professor sinta-se valorizado e acolhido. Um docente que está bem, também ensina bem.

3. Tecnologia e criatividade são aliadas

Prototipação de projetos, teste de máquinas, sistematização de processos. Termos que podem ser desconhecidos para um estudante no Brasil, são corriqueiros para alunos em Cingapura. Isso porque o uso tecnológico é considerado indispensável para que crianças e adolescentes aprendam a usar na vida prática os conceitos que aprendem nas aulas teóricas do currículo escolar.

A gestão escolar não se contenta, portanto, em oferecer internet de alta velocidade e aberturas a leitura digital (o que não falta em Cingapura). Em vez disso, se encarrega de promover atividades, oficinas e aulas que levem alunos de todas as idades a práticas laboratoriais, científicas e lógicas que desafiem seus conhecimentos e os ajudem a conseguir executar o que vêm aprendendo.

Muitas vezes o argumento mais usado por estudantes é de que “nunca vão usar o que estão aprendendo”. Pode ser uma boa ideia deixar de lado uma crítica superficial à tecnologia e tratá-la como aliada para junto à criatividade desenvolver projetos realistas, que consigam ir de encontro às realidades dos alunos.

4. A importância do psicológico e de reconhecer erros

Cingapura passou a não apenas ensinar conteúdos, mas a abrir espaço para didáticas que desenvolvam o psicológico de seus alunos. Essa é uma compreensão trazida aos nossos tempos – entendendo que o aprendizado é um processo muito mais amplo do que a transmissão de saberes. Dessa forma as grades curriculares de Cingapura passaram a incluir atividades psicológicas de desenvolvimento.

Como não poderia ser diferente, a educação no país asiático não é perfeita. É excelente, líder mundial, mas o grande diferencial é que a própria gestão escolar reconhece que há pontos de melhora. E é esse reconhecimento que vem fazendo Cingapura inserir mais ações como as acima expostas, além de, principalmente, tomar atitudes para corrigir o caráter competitivo do processo educacional.

Hoje em Cingapura estudantes passam por repetidos e duros testes para conseguir as melhores escolas e a aprovação para áreas de estudo que tenham interesse. O processo é considerado necessário e funcional, mas o excesso de competitividade acaba gerando desgastes psicológicos – que jamais seriam negligenciados pela gestão escolar em Cingapura.

É possível uma gestão escolar cada vez melhor

As lições de Cingapura vão além da prática. Dizem respeito à reflexão e à humanidade que se fazem necessárias a cada passo quando o assunto é o estudante – que é um ser humano real. Levando em consideração o desenvolvimento do país asiático, certamente teremos grandes frutos para colher em nossa realidade.

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